quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Reflexão

Reflexão

Você, que sempre me olhou nos olhos,
E riu, e chorou comigo,
Diga-me.
Aponte, acene com a cabeça.
Sorria-me uma vez mais o horizonte.
Sempre o fez.
Encontro-me em desencontro.
Não tema dizer-me a verdade,
Pois entre nós há um pacto.
Sabe que os conselhos e palavras de consolo que arrisco são, em primeiro lugar, para você.
Fala.
Mesmo que sua voz saia muda, fala.
Se hesito agora, é porque você nada diz.
Mas, não procuro culpados.
Busco espasmos, caretas, qualquer contorção em sua face que me diga que não é indiferente.
Mesmo vendo-nos tão pouco, sei todos seus gestos,
E sei quando você não sabe.
E você não sabe.
Como poderia?

Levantemo-nos, então, e andemos.
Dê-me sua mão e, juntos, descobriremos, um dia, tenho certeza.
Até lá, continuamos os dois errando pela Estrada.


Braulio A. Freire

Um comentário:

  1. cara, q legal! o intertexto com a imagem tb ficou super! tb quero postar logoooo!!! Pri.

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