sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Efêmera

Efêmera

Abrimos os olhos, mais uma vez
Na esperança de termos um dia melhor.
Uns mais positivos, outros mais negativos; todos continuamos nossas lutas.
E, queiramos, ou não, aprendemos.
Uma boa lição, uma lição necessária, uma lição para a vida.
E vida vai embora...
Segue seu rumo, na verdade. Quem vai embora somos nós.
A Vida é muito mais do que eu, você, seu bonsai, ou sua tartaruga.
A Vida é o mundo, o universo.
Tentamos cegamente perseguir a Vida, correr atrás dela,
Com medo de deixar para trás, de não terminar, de não se completar.
Qual ninfa efemérida, apressamo-nos, embolamo-nos, atropelamo-nos
Para deixar nossa marca ou qualquer prova de nossa existência.
Quando achamos que em nada mais podemos evoluir,
Estamos com o peso do Descanso nas costas. E tristes, muitas vezes.
E falha-nos a compreensão do Plano:
Não é o Tempo. Ou melhor, não é o seu tempo. É o seu caminho.
Por onde andou? Com quem se encontrou? Com quem foi, ou quem trouxe?
Ainda, o que levou? Não para a terra. Para a Vida.
Não interessa se o mundo acaba hoje, se falaram que ia, se esperam que aconteça.
Viva. Todos os dias. Sem medo de existir.
Pois efêmera é a nossa passagem.
Mas a nossa existência...

Braulio A. Freire